segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mudança de casa, mudança de alma, Minha casa nova, enfim sai daquela casa! VENDIDA =D


ESTOU FELIZ COM ESTE RECOMEÇO... CASA NOVA TUDO NOVO!!!

É curioso como o processo de mudança é algo cansativo. Parando para pensar, era para ser algo simples, você pega a sua trouxinha de coisas de um lugar, joga tudo no caminhão, e toca para o novo lar. Essa parte é simples. Difícil é fazer essa mudança dentro de você.
Primeiro que você tem que se acostumar com a nova casa. Desde onde você guarda os pratos, até o “cadê o cabo da máquina fotográfica, você viu?” Tudo isso tem um pouco de você se sentir em casa de novo. É como tirar férias, tudo é uma delícia, mas uma hora você cansa e sente falta do seu lar. Só que quando você muda, você precisa construir pra você essa imagem de lar, e isso leva tempo.
Tem também a parte das caixas, das coisas, de descobrir quanta coisa você tinha guardado em casa, e de encher duas, três, quatro caixas de itens a ser doados. E comprar uma série de coisas que você sempre quis ter e nunca pôde porque morava em apartamento. Uma rede, por exemplo. Ou plantas que precisam de luz. E um cachorro, mas esse estamos adiando até nos acostumarmos com a casa.
Mudar deve ser estressante porque a alma demora mais a se acostumar do que o corpo. Porque o corpo, tendo uma cama pra cair, está bom. Para a alma se sentir em casa, precisa ter quadrinho na parede, badulaque sobre a estante. Coisas que a gente só faz depois de desencaixotar quase tudo.
Mudar de ambiente faz bem. Casa nova, novos ares! E agora o Ele, Ela e um Sofá volta à programação normal!


segunda-feira, 22 de abril de 2013

23/04 SALVE SÃO JORGE, SALVE MEU PAI !!!


23/04 SALVE SÃO JORGE

" Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós. " 


PEDIDO

Glorioso São Jorge, valoroso Soldado de Cristo, que mataste o dragão, ouvi meu apelo e apresentai minha prece ao Senhor Deus, Todo Poderoso. Confiante em vossos méritos e em vosso poder, eu vos peço Intrépido São Jorge a vossa proteção, abrindo meus caminhos, aplainando as minhas estradas, afastando obstáculos aos meus passos. De noite ou de dia, não me falteis com vosso socorro e a vossa assistência. Considerai a minha aflição, e vinde em meu socorro. (fazei aqui o seu pedido).Dai-me coragem e esperança fortalecei minha FÉ e auxiliai-me nesta necessidade.

AMÉM




sábado, 20 de abril de 2013

A frase '' eu errei e aprendi '' poderia muito bem ser o resumo da frase ''eu me tornei uma pessoa melhor''.


Um dia desses, enquanto aguardava a vez na sala de espera, percebi, solta entre as revistas, uma folha de papel.
A curiosidade fez com que a tomasse, para ler o que estava escrito. Era uma bela mensagem que alguém havia escrito.
O título era interessante e curioso: Aprendi...
Dizia mais ou menos o seguinte:
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém; posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim. Tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos; que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida; que, por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas aprendi, também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles; que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática; que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel; que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso; que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que, numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver; que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Aprendi que se aprende errando 
Que crescer não significa fazer aniversário. 
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem. Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro. 
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos. 
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. 
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face. 

Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela. 
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada. 
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida. 
Que amar significa se dar por inteiro.
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. 

Que se pode conversar com estrelas, 
Que se pode confessar com a Lua 
Que se pode viajar além do infinito. 
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. 
Que dar um carinho também faz... 
Que sonhar é preciso, 
Que se deve ser criança a vida toda, 
Que nosso ser é livre, 
Que Deus não proíbe nada em nome do amor. 
Que o julgamento alheio não é importante, 
Que o que realmente importa é a Paz interior.

"Não podemos viver apenas para nós mesmos. Mil fibras nos conectam com outras pessoas; e, por essas fibras, nossas ações vão como causas e voltam pra nós como efeitos."


(Herman Melville)


domingo, 7 de abril de 2013

NAMORAR SÉRIO VIROU ALGO PARA CORAJOSOS!!!




Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do whisky com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo, e nele, os ingredientes vão além do descompromisso como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se a outra estiver beijando outro, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ela, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento!

sábado, 6 de abril de 2013

POR ISTO PREFIRO BARZINHO!!!

BALADA


Primeiramente, você chega na balada e observa que metade das mulheres estão com um vestido de elástico, usando o insistente perfume 212, Angel ou Light Blue. Mas até aí tudo bem, pois o uniforme faz parte. Não muito distante disso, você vê alguns homens com uma camisa polo e um cavalo gigante no peito, perfume one million. Alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como funciona tudo isso.. Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas. Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido.
Alguns caras querendo se divertir e outros numa disputa inútil para ver quem é o mais frouxo. Frouxo simplesmente por não conseguir pegar uma mulher só com o papo, por não saber jogar esse jogo de homem pra homem, mas novamente até aí tudo bem.. pois cada um usa e atira com as armas que tem.
Em meio a tudo isso, me pergunto: onde está a conquista? Cadê o charme?
O ato de arrancar um sorriso sincero? Ficar com a mulher por ter falado a coisa certa na hora certa, sem sensacionalismo. Só acho que as coisas estão perdendo um pouco da graça. Então depois de consecutivas experiências dessas, você acaba vendo que o mundo de balada é muito limitado e o mais importante, que o que você tanto procura, não está e nem estará ali.
De forma alguma estou dizendo que não gosto de balada, ou que balada é algo de pessoas “vazias”, mas infelizmente na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só querem levantar seu ego ou serem bancadas a noite toda e homens que acham que baixar um litro de bebida lhe faz ser o "top" da festa.
Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, viverem algo que não querem para se adaptar ao mundo pobre que a noite oferece e
agora só falta elas perceberem que isso não leva a lugar nenhum, que balada alguma te fará sentir o abraço quente de alguém que te ama, o beijo que faz delirar, o companheirismo de quem realmente se importa. Enfim, hoje eu vejo que o acontece durante as várias baladas da vida, devem permanecer ali e na maioria das vezes, ser esquecido porque nunca nos levam a lugar algum, mas traz arrependimento e saudade do tempo em que éramos realmente felizes e não sabíamos.
Chegamos num ponto, onde máscaras valem mais do que expressões, garrafas de bebida valem mais do que apertos de mão e companhias falsas valem mais do que uma conversa sincera com a menina que te faz tremer e que infelizmente não está ali, diante dos seus olhos como tantas outras sem valor algum.
Por fim entenda que você pode ser uma pessoa super charmosa, educada, inteligente ou qualquer outro adjetivo, mas se a outra pessoa não for equivalente, ela não irá perceber o quão valiosa você é, e pode acreditar, nesse ambiente você não tem nenhum valor......

quinta-feira, 4 de abril de 2013

NÃO SEI EXPLICAR, MAS ESTA DANDO CERTO!!!



NÃO SEI COMO EXPLICAR, MAS ESTÁ DANDO CERTO.

Quase não consigo lembrar da minha infância, hoje não me lembrava o nome do meu cachorro.
É muito estranho apagar fatos da sua vida porem, gratificante.
O sofrimento está indo embora com as lembranças, e eu estou feliz pois sempre pedi a Deus, para esquecer algumas coisas e principalmente pessoas.
Meu foco maior é DELETAR PESSOAS DA MINHA MEMÓRIA, e estou vendo que isto hoje é uma realidade, estou FELIZ!!!


OBRIGADA A EQUIPE DO MAIA E AO PKMZETA!


terça-feira, 2 de abril de 2013

UMA NOVA VIDA, SEM LEMBRANÇAS!!!


TERAPIA DO SONO E ESQUECIMENTO DE PESSOAS E FATOS RUINS...


Hoje é um começo de uma nova vida para mim, não me lembrarei de fatos ruins, pessoas que me fizeram sofrer.
Estou confiante nesta última etapa da minha terapia, obrigada PKMzeta...

ADEUS PASSADO!!!

Talvez você nunca tenha passado por uma situação tão forte. Mas certamente guarda na cabeça algum momento, ou mais de um, que preferiria eliminar - mas que sempre acaba relembrando sem querer. Todo mundo coleciona algumas lembranças ruins ao longo da vida. Isso é inevitável. Mas, no que depender de pesquisadores de várias partes do mundo, vai deixar de ser. Eles estão trabalhando num projeto incrivelmente ambicioso: a criação de uma droga que apague memórias ruins.

Isso sempre foi considerado impossível pela ciência. Mas o cenário começou a mudar no final da década de 1990, graças ao neurocientista egípcio naturalizado americano Karim Nader. Como os demais cientistas da época, Nader sabia que as nossas memórias são apenas relações de afinidade entre os neurônios. Quando você memoriza alguma coisa - o endereço da rua onde mora, por exemplo -, o seu cérebro forma conexões entre os neurônios envolvidos com aquela informação. Eles ficam mais sensíveis uns aos outros. Por isso, mais tarde, quando você tenta se lembrar do endereço, a mesmíssima rede de neurônios é ativada - e recupera a informação. É assim que a memória funciona.

Mas Nader percebeu que havia uma coisa a mais. Para que essa `amizade¿ entre grupos de neurônios se formasse, o cérebro precisava sintetizar determinadas proteínas. Ele teve a ideia de bloquear a ação dessas proteínas para ver o que acontecia. Primeiro, passou várias semanas ensinando um grupo de ratinhos a associar um determinado som com um pequeno e doloroso choque elétrico. Sempre que o som era tocado, os camundongos levavam um choque (vida de cobaia não é fácil). Com o tempo, eles aprenderam a lição - e ficavam com medo assim que ouviam o som. Até que Nader injetou neles uma droga que inibia a síntese das proteínas da memória. O resultado foi dramático, e deixou o cientista boquiaberto. Os ratinhos pararam de reagir com medo quando o som era tocado. "A memória de medo tinha partido. Os ratos tinham esquecido tudo", diz Nader. O esquecimento era permanente, ou seja, persistiu mesmo depois que a substância já havia sido eliminada do corpo dos animais.

Essa experiência mostrou, pela primeira vez, que era possível apagar memórias. Isso acontece porque, a cada vez que tentamos acessar uma lembrança, ela passa por um período de instabilidade, num processo chamado de reconsolidação. Ele tem três etapas. Primeira: a informação sai do banco de dados do cérebro. Segunda: ela chega à sua consciência e é acessada. Terceira: a informação é gravada novamente no banco de dados. Nader descobriu que, se você bloquear uma determinada proteína, a terceira etapa simplesmente não acontece - e a memória não é regravada. Ela some para sempre.

Nader foi além. Ele queria saber se era possível apagar apenas uma memória específica, ou se o processo acabava deletando outras lembranças de forma involuntária. Então fez mais um experimento. Primeiro, fez os ratinhos memorizarem uma sequência de sons que precediam o choque. Depois, tocou apenas um som daquela sequência antes de injetar a droga apagadora de memórias. Resultado? Os ratinhos esqueceram apenas aquele som - todos os demais continuaram gravados na memória, associados ao choque. Ou seja: não só é possível apagar memórias, é possível fazer isso com precisão de frações de segundo. Nader não sabia direito em qual proteína cerebral deveria mirar, e fez testes com várias. Até que o neurologista Todd Sacktor, da Universidade Columbia, encontrou o alvo. É a proteína PKMzeta, que está envolvida com a passagem de sinais elétricos entre os neurônios. Se você bloquear a PKMzeta enquanto o indivíduo está se lembrando de alguma coisa, você destruirá aquela memória. Sacktor provou isso numa experiência em que ratos recebiam uma injeção de lítio - que provoca náuseas - sempre que comiam algo doce. A intenção era fazer com que as cobaias associassem o sabor com o enjoo. A estratégia funcionou, e logo os animais passaram a rejeitar comida doce. Mas, com uma simples injeção de um inibidor de PKMzeta, eles esqueceram aquilo e voltaram a gostar de doces. Os cientistas dizem que é preciso fazer mais testes para entender qual é o real efeito disso no cérebro - e saber quais são os possíveis efeitos colaterais, se existirem. Se usada de forma descontrolada, a técnica poderia levar à destruição de memórias saudáveis. "Os efeitos da inibição da PKMzeta parecem ser mais potentes. O desafio está em regular essa potência. Nós estamos trabalhando nisso", afirma Sacktor.

Mexer na PKMzeta é dar um tiro de canhão. O ideal seria encontrar proteínas ainda mais específicas, que permitissem apagar só as emoções associadas a uma memória ruim - sem destruir a memória em si. Isso permitiria que uma pessoa pudesse se libertar do sofrimento associado a uma memória, sem necessariamente esquecer que aquilo aconteceu. Isso é importante porque preserva o aprendizado que conquistamos ao viver situações ruins. Alguém que sofreu um acidente de carro, por exemplo, ainda se lembraria do acidente - e, por isso, dirigiria com responsabilidade. Só a angústia e o trauma ligados ao acidente seriam deletados. "As pessoas poderiam se lembrar, sem ser sufocadas por aquela memória traumática, podendo seguir adiante com suas vidas", acredita Karim Nader, hoje professor da McGill University, no Canadá. O método: você iria a um consultório médico e, sob a supervisão de um terapeuta, relembraria um fato desagradável. Ao mesmo tempo, receberia a injeção de uma droga inibidora de proteínas. E, como que por mágica, aquela memória que sempre incomodou tanto deixaria de ser um trauma.

Isso já parece incrível, mas existe uma corrente de pesquisadores trabalhando em algo ainda mais impressionante (e assustador também). Em vez de apagar as memórias, que tal modificá-las?

Cientistas da McGill University e da Harvard Medical School descobriram que o propranolol, um remédio usado para tratar pressão alta, tem um efeito colateral estranho: é capaz de alterar memórias armazenadas no cérebro. Isso acontece porque ele inibe a atividade de um neurotransmissor, a norepinefrina. Os cientistas fizeram testes com pessoas que tinham passado por alguma situação traumática. Elas receberam uma dose de propranolol e foram convidadas a relembrar o fato. As reações mais intensas de medo e emoção desapareceram, e esse efeito se manteve mesmo depois que os voluntários não estavam mais sob efeito do remédio. Segundo os cientistas, isso acontece porque ele interfere na reconsolidação da memória, que é alterada e perde sua carga emocional negativa antes de ser regravada pelo cérebro.

Num documentário sobre o estudo produzido pela McGill University, uma paciente chamada Louise conta que finalmente conseguiu superar um trauma de infância graças ao propranolol. Estuprada por um médico quando tinha apenas 12 anos, ela sofreu durante toda a vida as sequelas psicológicas disso. "Eu não conseguia nem trocar de roupa na frente do meu marido", relata. Graças ao tratamento, Louise diz que as memórias recorrentes e pesadelos desapareceram, bem como o medo de tirar a roupa.

No Brasil, também há pesquisas em torno de formas de promover o enfraquecimento de memórias traumáticas por meio do uso de drogas específicas. Uma delas, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), investiga a ação do topiramato, um remédio atualmente usado para tratar convulsões. O topiramato seria capaz de inibir a produção de um neurotransmissor, o glutamato, que age no hipocampo - a região do cérebro que coordena o processo de formação de memórias. Em situações de estresse, o nível de glutamato ali aumenta. Isso poderia explicar, por exemplo, os pensamentos repetitivos que podem acompanhar uma experiência traumática. "Nossa hipótese é que, ao reduzir a liberação do glutamato, podemos inibir a reverberação de uma memória traumática", explica Marcelo Feijó, professor do Departamento de Psiquiatria da Unifesp. No estudo, mais de 82% dos pacientes tratados com a substância apresentaram melhora dos sintomas de estresse pós-traumático.

O estresse pós-traumático é caracterizado por sintomas como ansiedade e depressão e está relacionado à lembrança de algum evento traumático envolvendo ameaça à vida ou à integridade, como assaltos, sequestros, estupros ou acidentes graves. O problema afeta 6% da população mundial, 420 milhões de pessoas. Um medicamento que fosse eficaz contra ele poderia melhorar a vida de muita gente.

As substâncias capazes de apagar memórias ruins também poderiam ser usadas para tratar dor crônica. Por razões que a ciência ainda não compreende completamente, em alguns casos, mesmo depois que um ferimento físico já foi curado, alguns nervos continuam transmitindo sinais de dor na região, como se o corpo tivesse memorizado aquela dor. A técnica também poderia ser usada como um tratamento para a dependência química. Isso porque o vício em drogas está relacionado à memória - à associação entre o uso da droga e o efeito que ela proporciona. Se a pessoa se esquecer do prazer que sente ao consumir a droga, fica mais fácil largar o vício. Num estudo realizado com ratos viciados em morfina, a inibição da proteína PKMzeta ajudou a curar a dependência dos roedores.

Em suma: mexer com as memórias pode trazer consequências muito boas. Mas também pode ser extremamente ruim. O Conselho de Bioética da Casa Branca já se manifestou sobre o assunto, apontando várias situações em que o apagamento ou a alteração de memórias pode ser uma coisa ruim, antiética ou imoral. Um bandido poderia recorrer à técnica para se livrar da culpa por ter praticado um crime, por exemplo. Governos poderiam preparar seus soldados para matar - ou para voltar a matar - sem conflitos emocionais. "Corremos o risco de falsificar nossa percepção e entendimento do mundo. Nos arriscamos a fazer com que atos vergonhosos sejam considerados menos vergonhosos, ou menos terríveis, do que realmente são", diz o relatório.

Para a psiquiatra, psicanalista e bioeticista carioca Marlene Braz, a possibilidade de mudar ou apagar memórias poderia ter consequências até sobre o sistema jurídico. "Haveria uma tensão entre o direito individual de uma pessoa - que decidiu esquecer - e o direito da coletividade, já que, na prática, isso significaria subtrair evidências de um processo, já que não poderíamos contar com o testemunho daquela pessoa", diz ela. Délio Kipper, professor de Bioética do curso de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul, ainda aponta outros conflitos nessa área. "A modificação de memórias poderia induzir a mudanças nos testemunhos. É um caminho muito perigoso", diz.

Até quem teria todos os motivos para alterar a própria memória vê essa possibilidade com desconfiança. Como a empresária paulistana Paula*, de 31 anos. Numa manhã de sábado, em 2005, ela saiu do quarto e viu manchas de sangue pela casa. Em desespero, tentou abrir a porta do quarto do pai, que sofria de depressão. "Eu batia na porta do quarto e ele não abria", recorda. A empresária chamou a polícia e, quando a porta foi aberta, se deparou com uma cena que vai ficar gravada para sempre na sua mente. "Ele havia cortado os pulsos e se enforcado", lembra. Sete anos depois, Cíntia admite que ainda não lida bem com as lembranças desse episódio. Mas diz que, mesmo assim, jamais tomaria um remédio para esquecer esse momento da sua história. "Minhas memórias estão dentro de mim para serem trabalhadas. Prefiro enfrentá-las a apagar essa parte da minha vida".



*Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados.*


segunda-feira, 1 de abril de 2013

MEU MAPA ASTRAL: PRAZER EU!!!


ESTA SOU EU

  


Sol em Leão


Como ocorre com pessoas de outros signos de fogo, leoninos às vezes não percebem facilmente as necessidades e os sentimentos alheios. Alguns não suportam seguir conselhos ou regras, já que a limitação da obediência lhes parece terrivelmente frustrante. Mesmo que, às vezes, reconheçam secretamente que há sabedoria nos conselhos alheios, seu orgulho não lhes permite aceitá-los facilmente. O negócio dos leoninos é dar conselhos, não aceitá-los. Como odeiam se ajustar às limitações da realidade e adoram coisas nobres e elegantes, não é incomum encontrar um leonino cujo estilo de vida esteja acima de suas posses. Inconscientemente, ele espera que os outros cuidem das coisas que considera menos nobres, já que tem coisas mais importantes para pensar e fazer. Ás vezes, não consegue conceber que o mundo não gira à sua volta. Não gosta muito de dividir o palco, e sempre tenta encontrar uma maneira de recuperar o lugar que julga merecer.
A pessoa que nasce com o Sol em Leão tem necessidade de encontrar um significado para sua vida e para conseguir isso, às vezes, se coloca no papel de provedora magnânima, de doadora desinteressada, de criadora e protetora dos fracos, etc. Você precisa ficar atenta para que sua visão objetiva não seja ofuscada pelo brilho de seu ego, o que poderia levá-la à perda de parâmetros de justiça. Pode assumir uma postura de déspota benevolente e generosa, aquele tipo que gosta de dar conselhos não solicitados e completar com a frase: “Eu sei o que é melhor para você”. O pior é que pode se ressentir seriamente se não lhe dão ouvidos. Você costuma ficar indignada diante da mesquinhez, da maldade, do ciúme insano, das baixezas comuns além dos muros do castelo. E fica frustrada ao perceber que nem sempre o bem e o mal são facilmente identificáveis, que há uma enorme variação de matizes de cinza entre o branco e o preto.
Você se esforça para honrar a palavra, cumprir os compromissos e agir dentro de um código de ética inequívoco, já que não suporta deslealdade e vileza. Pode se sentir infeliz se tiver que lidar constantemente com as pequenas e prosaicas necessidades do cotidiano. Precisa ser importante para os outros e pode ficar magoada se isso não acontece. Sonha alto, gosta de pintar a vida com cores fortes, mas detesta ter que lavar os pincéis depois. Pode ser muito autoconfiante e generosa, até extravagante e exibicionista.
Geralmente Danielle Regina, você é protetora e capaz de atos nobres e grandes sacrifícios, embora possa se desencantar com as pequenas coisas, as pequenas concessões que temos que fazer e as pequenas restrições a que somos submetidos numa relação afetiva. Você precisa se orgulhar do parceiro, que tem que entender a nobreza que a relação exige. Gosta de grandes gestos e pode dar grandes demonstrações de seu amor devotado, embora não goste dos mártires.
Você tem tendência a agir de uma maneira direta e assertiva, mas sempre elegante. Dependendo do ascendente e da configuração geral do mapa, também pode ser calma, introvertida, e até tão tímida que não consegue descobrir quem é e se torna dependente da aceitação alheia, já que sente necessidade que gostem e precisem de você.  Mesmo o mais pomposo dos leoninos no fundo precisa da aprovação alheia, e reconhece seus erros com humildade, mesmo que apenas secretamente. Precisa aprender a rir de si mesma, a ver as coisas com menos dramaticidade e com mais humor. Pode ser tradicional, vaidosa, precisa ser admirada, tem grandes sonhos e faz grandes planos. Normalmente, é trabalhadora, porque afinal, sabe apreciar as coisas boas da vida e sabe que tem de trabalhar para obtê-las. Mas às vezes, também pode cultivar o ócio por longos períodos, descansando ou simplesmente dormindo e ser tão generosa que é como se o dinheiro escapasse por entre seus dedos, como grãos de areia na ventania. Tem vitalidade, boa saúde e forte poder de recuperação, talvez por isso, raramente fique deprimida por muito tempo. Felizmente, seu entusiasmo e sua fé na vida parecem renovados a cada nascer do sol. Como um leão na savana, pode literalmente rugir por algum tempo, mas depois que as coisas se resolvem, você se acalma e não guarda rancor.
Para o leonino o amor é mítico, exaltado, sublime, romântico, dramático. Como tem extrema necessidade de reconhecimento e agradecimento, gosta mais de dar do que receber, porque isso o coloca em situação de receber a gratidão do parceiro. Por isso, um leonino é diferente de um libriano, para quem o amor é uma parceria, que envolve troca em busca do equilíbrio. Para um leonino, o amor é um ato criativo de sua vontade, e ele é o centro gravitacional da relação. Para que isso se torne realidade, ele sabe transformar um romance numa experiência mágica, algo realmente especial. Leão é temperamental e ígneo, até mesmo gosta de uma boa disputa, desde que seja elegante e regida pela lealdade, e nem imagina que possa ser vítima de traição ou ações indignas e vergonhosas. Isso porque normalmente não olha para baixo, nem gosta das profundezas desconhecidas. Sempre há algo fascinante num leonino. Pode não ser bonito, nem sexy, mas de alguma forma é sempre atraente. Seus relacionamentos são sempre interessantes, mas raramente calmos. Estigma: a síndrome do “Eu sei tudo”.
Mitos: Além dos diversos mitos do Herói em várias culturas, há o mito de Parsifal, que não sabia quem era seu pai e que larga a vida segura em busca de aventura e do símbolo da elevação espiritual. Um dia ele tem uma visão: um rei está ferido por uma flecha envenenada quando surge uma bela mulher trazendo uma espada e uma faca numa bandeja, e Parsifal pergunta: O que significa isso? E uma voz lhe responde que aquela era a pergunta mágica que salvaria a vida do rei, que em troca lhe daria o castelo e a mão da princesa. O elemento é fogo, o modo é fixo e o regente de Leão é o Sol. Leão é um signo de natureza apaixonada e orgulhosa. Criatividade, nobreza, lealdade, senso de justiça e dignidade são palavras comumente usadas quando nos referimos a uma pessoa que nasceu com o Sol em Leão. As partes do corpo associadas são: coração, olhos, coluna, costas, aorta e coronárias. A expressão associada é: Eu Crio.

Nascimento: domingo, 25 de julho de 1982
10:05:00 (Fuso Horário = GMT -03:00 horas)


LeãoSIGNO
LEÃO
LibraASCENDENTE
LIBRA
LibraLUA
LIBRA




sexta-feira, 29 de março de 2013

Homem mais gordo do mundo perde 285 kg!!!


Ele já foi considerado o homem mais gordo do mundo ao atingir quase 445 kg, mas o ex-carteiro Paul Mason, de 51 anos, perdeu mais da metade do seu peso com procedimento cirúrgico. Morador de Ipswich, na Inglaterra, ele emagreceu 285 kg e agora precisa realizar uma operação para eliminar o excesso de pele.
O britânico, que antes consumia cerca de 20 mil calorias diárias, diz que está se esforçando para emagrecer mais, mas só pode realizar a cirurgia para retirada da pele quando seu peso estiver estável por, pelo menos, dois anos.
“Tudo bem eles dizerem isso, mas isso só se aplica a pessoas que não têm muito peso a perder. Eu preciso fazer uma (cirurgia) agora e provavelmente outra daqui quatro ou cinco anos”, disse.De acordo com Paul, o excesso de pele dificulta a prática de exercícios, o que o ajudaria a eliminar mais quilos. “Minha pele se divide”, justificou.
Em sua nova fase, ele está escrevendo um livro sobre sua experiência para ajudar pessoas com transtornos alimentares, começou um negócio no ramo de joias e conta que seu sonho é ter uma vida normal, aprender a dirigir e tirar férias.
Mason engordou por conta de um distúrbio, que o fez comer dez vezes mais que a quantidade necessária para um homem da sua idade. A compulsão começou aos 20 anos, quando seu pai morreu e a mãe teve problemas de saúde.
Com isso, o britânico deixou seu emprego de carteiro quando seu peso o impediu de completar as entregar. Ele ficou incapaz de andar e até mesmo ficar em pé. Na cama em tempo integral, era cuidado por enfermeiros.
Em 2002, quando fez uma operação na hérnia, os bombeiros tiveram que demolir a parede da frente de sua antiga casa para levantá-lo e colocá-lo dentro de uma ambulância.
“É gratificante quando você consegue ter controle da sua vida. Você pode fazer o que quiser e olhar as coisas de um outro ângulo”, comemorou.


quarta-feira, 27 de março de 2013

NÃO ESTRANHE SE EU NÃO RECONHECER VOCÊ, UMA NOVA ETAPA DA MINHA VIDA!


A pílula do esquecimento
Sim, eu vou usar!!!

Pense na pior lembrança da sua vida. Pode ser aquela vez em que você foi assaltado. O dia em que foi demitido - ou o amor da sua vida te largou. Todo mundo tem memórias ruins. Mas e se existisse um remédio capaz de apagá-las? Sim, ele existe. Você tomaria?

 Eram 23h30 de uma noite de domingo quando o telefone tocou na casa de Cláudia*. Ela acordou sobressaltada e o marido foi atender. A notícia era que o sobrinho, de apenas 17 anos, havia se jogado pela janela do 13º andar. Ao lado do aparelho, Cláudia escutava os gritos da irmã, que acabara de perder o filho. Em meia hora, ela e o marido chegaram ao local do suicídio. Numa confusão de sirenes e luzes, os bombeiros e a polícia trabalhavam em volta do corpo do rapaz - que ainda estava no chão. Três anos se passaram, mas a cena ainda perturba Cláudia. "Até hoje, se estou dormindo e o telefone toca, acordo querendo chorar", diz ela. Ruídos de sirene ainda provocam tremores e taquicardia. Conseguir pegar no sono nos domingos à noite também virou uma tortura. Ela só adormece quando o cansaço se torna mais forte do que as lembranças. "Se pudesse, eu apagaria da memória aquela noite", diz.

Talvez você nunca tenha passado por uma situação tão forte. Mas certamente guarda na cabeça algum momento, ou mais de um, que preferiria eliminar - mas que sempre acaba relembrando sem querer. Todo mundo coleciona algumas lembranças ruins ao longo da vida. Isso é inevitável. Mas, no que depender de pesquisadores de várias partes do mundo, vai deixar de ser. Eles estão trabalhando num projeto incrivelmente ambicioso: a criação de uma droga que apague memórias ruins.

Isso sempre foi considerado impossível pela ciência. Mas o cenário começou a mudar no final da década de 1990, graças ao neurocientista egípcio naturalizado americano Karim Nader. Como os demais cientistas da época, Nader sabia que as nossas memórias são apenas relações de afinidade entre os neurônios. Quando você memoriza alguma coisa - o endereço da rua onde mora, por exemplo -, o seu cérebro forma conexões entre os neurônios envolvidos com aquela informação. Eles ficam mais sensíveis uns aos outros. Por isso, mais tarde, quando você tenta se lembrar do endereço, a mesmíssima rede de neurônios é ativada - e recupera a informação. É assim que a memória funciona.

Mas Nader percebeu que havia uma coisa a mais. Para que essa `amizade¿ entre grupos de neurônios se formasse, o cérebro precisava sintetizar determinadas proteínas. Ele teve a ideia de bloquear a ação dessas proteínas para ver o que acontecia. Primeiro, passou várias semanas ensinando um grupo de ratinhos a associar um determinado som com um pequeno e doloroso choque elétrico. Sempre que o som era tocado, os camundongos levavam um choque (vida de cobaia não é fácil). Com o tempo, eles aprenderam a lição - e ficavam com medo assim que ouviam o som. Até que Nader injetou neles uma droga que inibia a síntese das proteínas da memória. O resultado foi dramático, e deixou o cientista boquiaberto. Os ratinhos pararam de reagir com medo quando o som era tocado. "A memória de medo tinha partido. Os ratos tinham esquecido tudo", diz Nader. O esquecimento era permanente, ou seja, persistiu mesmo depois que a substância já havia sido eliminada do corpo dos animais.

Essa experiência mostrou, pela primeira vez, que era possível apagar memórias. Isso acontece porque, a cada vez que tentamos acessar uma lembrança, ela passa por um período de instabilidade, num processo chamado de reconsolidação. Ele tem três etapas. Primeira: a informação sai do banco de dados do cérebro. Segunda: ela chega à sua consciência e é acessada. Terceira: a informação é gravada novamente no banco de dados. Nader descobriu que, se você bloquear uma determinada proteína, a terceira etapa simplesmente não acontece - e a memória não é regravada. Ela some para sempre.

Nader foi além. Ele queria saber se era possível apagar apenas uma memória específica, ou se o processo acabava deletando outras lembranças de forma involuntária. Então fez mais um experimento. Primeiro, fez os ratinhos memorizarem uma sequência de sons que precediam o choque. Depois, tocou apenas um som daquela sequência antes de injetar a droga apagadora de memórias. Resultado? Os ratinhos esqueceram apenas aquele som - todos os demais continuaram gravados na memória, associados ao choque. Ou seja: não só é possível apagar memórias, é possível fazer isso com precisão de frações de segundo. Nader não sabia direito em qual proteína cerebral deveria mirar, e fez testes com várias. Até que o neurologista Todd Sacktor, da Universidade Columbia, encontrou o alvo. É a proteína PKMzeta, que está envolvida com a passagem de sinais elétricos entre os neurônios. Se você bloquear a PKMzeta enquanto o indivíduo está se lembrando de alguma coisa, você destruirá aquela memória. Sacktor provou isso numa experiência em que ratos recebiam uma injeção de lítio - que provoca náuseas - sempre que comiam algo doce. A intenção era fazer com que as cobaias associassem o sabor com o enjoo. A estratégia funcionou, e logo os animais passaram a rejeitar comida doce. Mas, com uma simples injeção de um inibidor de PKMzeta, eles esqueceram aquilo e voltaram a gostar de doces. Os cientistas dizem que é preciso fazer mais testes para entender qual é o real efeito disso no cérebro - e saber quais são os possíveis efeitos colaterais, se existirem. Se usada de forma descontrolada, a técnica poderia levar à destruição de memórias saudáveis. "Os efeitos da inibição da PKMzeta parecem ser mais potentes. O desafio está em regular essa potência. Nós estamos trabalhando nisso", afirma Sacktor.

Mexer na PKMzeta é dar um tiro de canhão. O ideal seria encontrar proteínas ainda mais específicas, que permitissem apagar só as emoções associadas a uma memória ruim - sem destruir a memória em si. Isso permitiria que uma pessoa pudesse se libertar do sofrimento associado a uma memória, sem necessariamente esquecer que aquilo aconteceu. Isso é importante porque preserva o aprendizado que conquistamos ao viver situações ruins. Alguém que sofreu um acidente de carro, por exemplo, ainda se lembraria do acidente - e, por isso, dirigiria com responsabilidade. Só a angústia e o trauma ligados ao acidente seriam deletados. "As pessoas poderiam se lembrar, sem ser sufocadas por aquela memória traumática, podendo seguir adiante com suas vidas", acredita Karim Nader, hoje professor da McGill University, no Canadá. O método: você iria a um consultório médico e, sob a supervisão de um terapeuta, relembraria um fato desagradável. Ao mesmo tempo, receberia a injeção de uma droga inibidora de proteínas. E, como que por mágica, aquela memória que sempre incomodou tanto deixaria de ser um trauma.

Isso já parece incrível, mas existe uma corrente de pesquisadores trabalhando em algo ainda mais impressionante (e assustador também). Em vez de apagar as memórias, que tal modificá-las?

BRILHO ETERNO

Cientistas da McGill University e da Harvard Medical School descobriram que o propranolol, um remédio usado para tratar pressão alta, tem um efeito colateral estranho: é capaz de alterar memórias armazenadas no cérebro. Isso acontece porque ele inibe a atividade de um neurotransmissor, a norepinefrina. Os cientistas fizeram testes com pessoas que tinham passado por alguma situação traumática. Elas receberam uma dose de propranolol e foram convidadas a relembrar o fato. As reações mais intensas de medo e emoção desapareceram, e esse efeito se manteve mesmo depois que os voluntários não estavam mais sob efeito do remédio. Segundo os cientistas, isso acontece porque ele interfere na reconsolidação da memória, que é alterada e perde sua carga emocional negativa antes de ser regravada pelo cérebro.

Num documentário sobre o estudo produzido pela McGill University, uma paciente chamada Louise conta que finalmente conseguiu superar um trauma de infância graças ao propranolol. Estuprada por um médico quando tinha apenas 12 anos, ela sofreu durante toda a vida as sequelas psicológicas disso. "Eu não conseguia nem trocar de roupa na frente do meu marido", relata. Graças ao tratamento, Louise diz que as memórias recorrentes e pesadelos desapareceram, bem como o medo de tirar a roupa.

No Brasil, também há pesquisas em torno de formas de promover o enfraquecimento de memórias traumáticas por meio do uso de drogas específicas. Uma delas, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), investiga a ação do topiramato, um remédio atualmente usado para tratar convulsões. O topiramato seria capaz de inibir a produção de um neurotransmissor, o glutamato, que age no hipocampo - a região do cérebro que coordena o processo de formação de memórias. Em situações de estresse, o nível de glutamato ali aumenta. Isso poderia explicar, por exemplo, os pensamentos repetitivos que podem acompanhar uma experiência traumática. "Nossa hipótese é que, ao reduzir a liberação do glutamato, podemos inibir a reverberação de uma memória traumática", explica Marcelo Feijó, professor do Departamento de Psiquiatria da Unifesp. No estudo, mais de 82% dos pacientes tratados com a substância apresentaram melhora dos sintomas de estresse pós-traumático.

O estresse pós-traumático é caracterizado por sintomas como ansiedade e depressão e está relacionado à lembrança de algum evento traumático envolvendo ameaça à vida ou à integridade, como assaltos, sequestros, estupros ou acidentes graves. O problema afeta 6% da população mundial, 420 milhões de pessoas. Um medicamento que fosse eficaz contra ele poderia melhorar a vida de muita gente.

As substâncias capazes de apagar memórias ruins também poderiam ser usadas para tratar dor crônica. Por razões que a ciência ainda não compreende completamente, em alguns casos, mesmo depois que um ferimento físico já foi curado, alguns nervos continuam transmitindo sinais de dor na região, como se o corpo tivesse memorizado aquela dor. A técnica também poderia ser usada como um tratamento para a dependência química. Isso porque o vício em drogas está relacionado à memória - à associação entre o uso da droga e o efeito que ela proporciona. Se a pessoa se esquecer do prazer que sente ao consumir a droga, fica mais fácil largar o vício. Num estudo realizado com ratos viciados em morfina, a inibição da proteína PKMzeta ajudou a curar a dependência dos roedores.

Em suma: mexer com as memórias pode trazer consequências muito boas. Mas também pode ser extremamente ruim. O Conselho de Bioética da Casa Branca já se manifestou sobre o assunto, apontando várias situações em que o apagamento ou a alteração de memórias pode ser uma coisa ruim, antiética ou imoral. Um bandido poderia recorrer à técnica para se livrar da culpa por ter praticado um crime, por exemplo. Governos poderiam preparar seus soldados para matar - ou para voltar a matar - sem conflitos emocionais. "Corremos o risco de falsificar nossa percepção e entendimento do mundo. Nos arriscamos a fazer com que atos vergonhosos sejam considerados menos vergonhosos, ou menos terríveis, do que realmente são", diz o relatório.

Para a psiquiatra, psicanalista e bioeticista carioca Marlene Braz, a possibilidade de mudar ou apagar memórias poderia ter consequências até sobre o sistema jurídico. "Haveria uma tensão entre o direito individual de uma pessoa - que decidiu esquecer - e o direito da coletividade, já que, na prática, isso significaria subtrair evidências de um processo, já que não poderíamos contar com o testemunho daquela pessoa", diz ela. Délio Kipper, professor de Bioética do curso de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul, ainda aponta outros conflitos nessa área. "A modificação de memórias poderia induzir a mudanças nos testemunhos. É um caminho muito perigoso", diz.

Até quem teria todos os motivos para alterar a própria memória vê essa possibilidade com desconfiança. Como a empresária paulistana Paula*, de 31 anos. Numa manhã de sábado, em 2005, ela saiu do quarto e viu manchas de sangue pela casa. Em desespero, tentou abrir a porta do quarto do pai, que sofria de depressão. "Eu batia na porta do quarto e ele não abria", recorda. A empresária chamou a polícia e, quando a porta foi aberta, se deparou com uma cena que vai ficar gravada para sempre na sua mente. "Ele havia cortado os pulsos e se enforcado", lembra. Sete anos depois, Cíntia admite que ainda não lida bem com as lembranças desse episódio. Mas diz que, mesmo assim, jamais tomaria um remédio para esquecer esse momento da sua história. "Minhas memórias estão dentro de mim para serem trabalhadas. Prefiro enfrentá-las a apagar essa parte da minha vida".

*Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados.


sexta-feira, 22 de março de 2013

VIVA A HIPOCRISIA CATÓLICA!!!


Bispos Católicos Saudando Adolf Hitler ao lado de Wilhelm Frick e Joseph Goebbels.

Ao lado Wilhelm Frick (o mais alto) e Joseph Goebbels (extrema direita), dois bispos da igreja católica fazem a tradicional saudação nazista em homenagem a Hitler, para o registro de um comício da juventude católica em Berlim, em agosto de 1933. 

Joseph Goebbels foi o ministro do Ministério Nacional para Esclarecimento Público e Propaganda e o grande orador de Hitler. Suicidou-se após a morte do Führer. Wilhelm Frick foi um alto membro do partido nazista (NSDAP) e ministro do Interior de Hitler até o colapso do regime nazista. Foi processado perante o tribunal de exceção de Nuremberg e sentenciado à morte, sendo enforcado em 1946.

A relação mantida com o regime hitlerista ainda hoje gera embaraços à igreja católica. Em 2008, o papa Bento XVI defendeu seu antecessor, o papa Pio XII, que ficou conhecido como o "Papa de Hitler", ao dizer que "nos últimos anos, quando Pio XII é mencionado, a atenção concentra-se excessivamente em um único problema, tratado, na maior parte das vezes, de um modo muito unilateral".

O cardeal Tarcisio Bertone, então principal assessor do papa Bento XVI, teria dito que "as alegações de que o papa teria sido omisso quanto aos massacres praticados pelos nazistas são 'ultrajantes'. As acusações, que partem de alguns historiadores e de grupos de judeus, vêm se tornando mais incisivas à medida que autoridades católicas estudam se devem prosseguir ou não o processo para que Pio seja declarado santo. O Vaticano insiste que o papa usou de uma diplomacia silenciosa para salvar milhares do Holocausto." Pio XII viveu parte do período conhecido a como era dos extremos e se fazia necessário manter um equilíbrio pelo bem da autoridades do Vaticano.

Outro fato que, embora seja veemente negado ou omitido pelos mais ortodoxos, trata-se de que Adolf Hitler acreditava em deus. Por diversas vezes Hitler se pronunciou mostrando sua fé e pedindo a benção divina. O líder da Alemanha nazista também compartilhava de fortes laços com a igreja católica: ambos eram contra o comunismo, os ateus e defendiam a religião da laicidade etc.. O Papa Pio XII é apontado como antissemita, como o ditador nazista.

E não apenas Hitler possuía "vínculos" com a igreja católica. Outros déspotas, como o espanhol Franco e o italiano Mussolini, também mantiveram boas relações com o papado. "Os papas acertaram com Hitler junto com seus colegas fascistas Franco e Mussolini, dando-lhes poder de veto na decisão papal de designar bispos na Alemanha, Espanha e Itália. Os três concordaram que os católicos desses países podem ser livres e enviar ajuda financeira a Roma em troca da certeza de que o Estado poderia controlar a Igreja." Fatos estes que, no mínimo, mostram conivência.



Texto: Eudes Bezerra.
Administração Imagens Históricas.

Imagem: Fotografia constante no Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Fotógrafo ignorado*.

*A equipe do Imagens Históricas buscou informações a respeito de maiores referências da imagem, para creditá-la. Entretanto, nada foi encontrado. Caso a encontrem, gostaríamos que nos alertassem via e-mail, por gentileza: imagenshistoricas@r7.com.

Referências:

Aventuras na História. Pio XII: bendito ou maldito?. Disponível em: << http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/pio-xii-bendito-ou-maldito-479969.shtml >>.

sexta-feira, 15 de março de 2013

LIXO DO BIG BROTHER!!!



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…. , estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… ,·visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.